"You may not like what he does, but are you prepared to give up his right to do it? - O Povo Contra Larry Flynt


“No coração da Primeira Emenda está o reconhecimento da importância fundamental do fluxo de idéias. A liberdade para falar o que se pensa não é só um aspecto de liberdade individual, mas essential no que diz respeito à verdade e a vitalidade da sociedade como um todo. No mundo das discussões de assuntos públicos, muitas coisas são menos admiráveis, mas não menos protegidas pela Primeira Emenda.”
De certa forma isso define o filme. O Povo Contra Larry Flynt é a biografia de Larry Claxton Flynt, criador da Hustler (e depois da Larry Flynt Publications, responsável por mais de 20 revistas)“a maior, de mais mau gosto, vulgar e nojenta revista pornográfica da face da Terra.” contra a perseguição sofrida pela sua revista durante toda a década de 1970 e 1980 nos Estados Unidos. Interpretado por Woody Harrelson, Larry Flynt é um homem honesto que não vê problema em ganhar dinheiro com mulheres nuas e fantasias "bizarras".

O filme foi produzido em 1996, pelo diretor Milos Forman, e mostra como o país que mais se orgulha de sua liberdade de expressão pode ser tão moralista.

Deus criou a mulher? 
Então certamente o mesmo Deus criou sua vagina. E quem é você pra desafiar Deus! Fotografe ela!    


Muito mais do que um viciado em pornografia, Flynt um viciado em liberdade. Mesmo que em alguns momentos ele chegue a irritar com toda sua provocação e petulância, como quando atira uma laranja no juiz, faz piada com o tribunal ou desrespeita ordens judiciais. Uma curiosidade do filme é o fato do próprio Larry Flynt representar um dos juízes que o julgam.

Mas, Larry não constrói seu império sozinho, incondicionalmente ao seu lado, está sua esposa Althea, Courtney Love (Flynt queria a atriz Ashley Judd para o papel), que depois que Larry é baleado em um atentado e acaba ficando paraplégico se torna  viciada e acaba contraindo AIDS. E apesar de serem duas pessoas excêntricas, o amor vivido entre eles é um detalhe marcante do filme.
O atentado é algo que abala profundamente Larry que além de não poder mais andar, também se torna impotente. Depois de se afastar de tudo por cerca de 3 anos, ele volta dizendo que quem atirou nele acabou com metade dele, mas deixou a metade de cima e ele iria usar sua inteligência para abalar o sistema.

Seu advogado Alan Isaacman, interpretado por Edward Norton, é outro que está ao seu lado, apesar de não concordar com as opiniões e assuntos publicados na Hustler, defende acima de tudo o direito de escolha do povo.

O povo contra Larry Flynt questiona a hipocrisia da sociedade que aceita ver em suas capas de jornais e revistas centenas de pessoas mortas, guerras, mas que teme que seus filhos sejam influenciados por mulheres nuas ou piadas sobre Papai Noel.
É um filme que apesar de se passar na década de 1970 e 1980 é tão atual quanto na época em que tudo aconteceu. Em dias em que pra se dizer qualquer coisa tem antes de se pensar se é politicamente correto ou não, O povo contra Larry Flynt é uma aula de liberdade de expressão.




Para quem se interessar:

2 comentários:

  1. Rodrigo Castro disse...:

    A Hustler, quando era revista, quebrou alguns tabus do mundo fotográfico XXX. Agora, virou um mega império pornográfico, e só mesmo assistindo a um filme como esse para entender o que, de fato, se passa num mundo desses, que ainda tem um estigma impressionante. Ótima dica, e mais bacana ainda o link direto pro site da Hustler, hehehe...

  1. Laio Brandão disse...:

    A Hustler é nossa Sexy! Nada a acrescentar sobre o filme..
    Fimaço.
    Abrax

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